sexta-feira, 25 de março de 2011

Puxada de Rede




O teatro folclórico que retrata a puxada de rede, conta a história de um pescador que ao sair para o mar em plena noite para fazer o sustento da
família, despede-se de sua mulher que, em mau pressentimento, preocupa-se com a partida do marido e o assusta dizendo dos perigos de sair à
noite, mas o pescador sai e deixa-a a chorar, e os filhos assustados.
O pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros de pesca e a bênção de Deus.
Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às cinco horas da manhã, a mulher do pescador, que ficou na praia esperando a hora do arrasto, teve uma visão um tanto quanto estranha. Ela vê o barco voltando com todos à bordo muito tristes e alguns até chorando. Quando os pescadores desembarcam, ela dá pela falta do marido e os pescadores dizem a ela que ele caiu no mar por conta de um descuido e que devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo, ficando ele perdido na imensidão das águas.
Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto da rede que ficara no mar, os pescadores notaram que por ter sido aquela uma noite de pouca pesca, a rede estava pesada demais. Ao chegar todo o arrasto à praia, já com dia claro, todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do
pescador desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desepero tomou conta de todos ali presentes.
Prossegue-se então os rituais fúnebres do pescador sendo levado à sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar, sendo seu corpo carreagado nos ombros, pois a situação financeira não comportaria a compra de uma urna, o cortejo segue pela praia.

sábado, 5 de março de 2011

Quilombo dos Palmares - Verdades e Mitos


Acervo The Newberry Library, Chicago.



Poucas são as imagens de Palmares realizadas durante a existência do
assentamento. Este desenho holandês de 1647 representa uma cena cotidiana:
pescadores recolhem a rede, próximo a uma das torres de vigilância do quilombo.


Túlio Vilela*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Comunidades fundadas por escravos de origem africana que conseguiram fugir de seus senhores. Assim, podemos definir os quilombos que existiram no Brasil e em todas as outras partes do continente americano onde houve a exploração do trabalho de escravos de origem africana. O que mudou foi apenas o nome: quilombos ou mocambos nas áreas de colonização portuguesa (Brasil); maroons nas áreas de colonização inglesa (exemplo: sul dos atuais Estados Unidos), palenques nas áreas de colonização espanhola (exemplos: Cuba e Colômbia) e grand marronage, nas áreas de colonização francesa (exemplo: Haiti)..... leia o texto completo através do link:

http://rapidshare.com/files/451095780/Quilombo_dos_Palmares-_Verdades_e_mitos.doc


sexta-feira, 4 de março de 2011

Parabéns a todas as mulheres capoeiristas pelo Dia Internacional da Mulher


Capoeira Mulheres Desde a Antigüidade, na Grécia, eram poupadas as mulheres qualquer ligação com áreas relacionadas ao conhecimento e pensamento, já que os papéis materno e caseiro lhe eram designados. Analisando o contexto histórico da capoeira, é possível apontar a importância do sexo feminino no conteúdo cultural e na estruturação da capoeiragem. A partir daí a participação das mulheres foi tornando-se mais evidente e intensa, porém acoplada a um sentido estereotipado de masculinidade diante da marginalização daqueles que praticavam a capoeira. A marginalização seria uma das razões pela qual as mulheres continuam sendo alvo de atitudes preconceituosas e que questionam seu potencial e suas capacidades físicas.

Nestor capoeira (1999) interpreta depoimentos de mulheres capoeiristas do Grupo Senzala em reunião. As mulheres capoeiristas presentes nesta reunião levantaram o problema da falta de documentação sobre a história da mulher na capoeira, a qual, certamente, contribuiria com pesquisas e estudo a respeito. Porém sabe-se que durante a época do brasil Colonial, consta em sua história, mesmo que de forma pouco precisa, alguns registros de mulheres jogando capoeira. A República do Quilombo dos Palmares contava com mulheres guerreiras para sua resistência, e, a repercussão dessas mulheres se nivelou a dos homens escravos.
"(...) mulheres tão marginalizadas quanto os homens capoeiristas, assim como toda a cultura e o povo negro daquela época".(capoeira, 1999, p. 182).
Há fatores que implicam, desde o início, na participação de mulheres na capoeira. A desunião e competitividade entre mulheres são mais acentuadas, pois, provavelmente, lhe faltem maturidade e sensatez ao entender a significância da capoeira e o que ela representa como esporte e manifestação cultural.

"(...) uma mulher capoeirista deveria ser a primeira a incentivar outra capoeirista e isto nem sempre ocorria". (capoeira, 1999, p. 183).

Essa agressividade entre as mulheres que praticam capoeira provém da herança de gerações que apresentam esse tipo de relação, porém essa realidade vem mudando através da dedicação das mulheres. De acordo com capoeira (1999, p. 186) "Várias idéias, antigas e estereotipadas, caíram por terra. A primeira é que capoeira é coisa ‘só de homem’. Outro mito que naufragou é que a capoeira masculiniza a mulher (...)".
São vários os motivos que levam mulheres a praticar a capoeira, desde a estética, saúde e bem-estar proporcionados até o rumo profissionalizante e educativo. É interessante observar o quanto a participação feminina na capoeira em escolas, clubes, academias e outros locais, tem se tornado mais evidente na quantidade, da qual destacam-se mulheres qualificadas tecnicamente e profissionalmente.

A princípio, compreende-se que o objetivo da persistência de algumas mulheres dentro da capoeira é se formarem profissionais e mestras, porém, devido ao fato de se próprio subestimarem, elas desacreditam que outras mulheres e, principalmente homens, treinariam sob sua liderança. Essa carência de apoio podem partir de seus mestres, do local de trabalho, dos relacionamentos profissionais e/ou até, das estratégias bloqueadoras da sociedade.

Recentemente, tem se promovido e divulgado muitos eventos e encontros femininos de capoeira, o que apresenta, aparentemente uma posição de destaque no meio capoeirístico, mas que na verdade é um indício de preconceito e exclusão da mulher, de forma que ela se sobressai isoladamente. Além disso, nos eventos exclusivamente femininos nota-se uma agressividade maior entre as mulheres. Para melhor entender, basta trocarmos os papéis: dificilmente, para não dizer nunca, foi divulgado um evento exclusivamente masculino, com o propósito de somente homens participarem.

No final do ano de 2002, fiz uma entrevista com uma profissional de capoeira, praticante há 15 anos aproximadamente, quando constatei diferenças entre os gêneros referente a postura e comportamento adotados pelo homem e pela mulher, num sentido generalizado. Foi colocado em questão a seriedade da mulher com a prática da capoeira em relação ao homem e através disso, foi possível afirmar que geralmente os homens se apresentam mais receptivos, interessados e, até, persistentes diante o aprendizado que a capoeira tem a oferecer.

Além disso, ao referir-se a promoção de eventos exclusivamente femininos a nossa entrevistada citou desvantagens que os encontros femininos as mulheres proporcionam, pois nestes momentos as mulheres demonstram muitas divergências dentro da roda de capoeira, pois tornam-se agressivas entre si ao sentirem a necessidade de provar o seu potencial, e aceitam com dificuldades levar algumas desvantagens durante um jogo dentro.

Outro fato tão importante quanto os demais em relação ao desempenho da mulher na capoeira é a interrupção dos treinamentos, pois podem diminuir a performance da mulher para a atividade de capoeira. A gravidez pode ser um fator forte neste aspecto, pois pode haver implicações na performance e se a mulher não tiver determinação e gosto pela capoeira ela não irá se profissionalizar nesta área e, nem mesmo, dará continuidade aos seus treinamentos.

Mesmo sendo relativamente menor o número de profissionais do sexo feminino na atividade de capoeira a mulher tem ocupado seu espaço e dado a sua parcela de contribuição para a sociedade e, em especial, para o aprendizado da capoeira.
Abaixo está representada a proporção de homens e mulheres profissionais em capoeira no estado do Paraná, de acordo com a Federação Paranaense de capoeira.

Na representação ao lado é evidente a diferença dos índices entre homens e mulheres profissionais da capoeira e vale ressaltar que, neste Estado, dentre as mulheres não mestras, mas mestres entre os homens. O que vale é a proporção já mostrada, mas é evidente que deve ser levado em consideração que a minoria dos profissionais em capoeira são federados. Talvez isso ocorra porque esta questão envolve divergências quanto às propostas da Federação; rivalidades entre mestres e grupos, questões financeiras e a organização de grupos distintos de capoeira, onde cada um segue uma filosofia diferenciada embasada em suas tradições.

Para Couto (1999), infelizmente a liberdade de ascensão do sexo feminino é inibida por questões preconceituosas, apesar das mulheres serem capazes de apresentarem um alto nível de desenvolvimento dentro da capoeira sem se igualarem ao sexo masculino.
Carolina Valentim "Pezinho"


Leia Mais: A Mulher e a Capoeira | Capoeira Mulheres - Capoeira no portalcapoeira.com


Capoeira Mulheres Desde a Antigüidade, na Grécia, eram poupadas as mulheres qualquer ligação com áreas relacionadas ao conhecimento e pensamento, já que os papéis materno e caseiro lhe eram designados. Analisando o contexto histórico da capoeira, é possível apontar a importância do sexo feminino no conteúdo cultural e na estruturação da capoeiragem. A partir daí a participação das mulheres foi tornando-se mais evidente e intensa, porém acoplada a um sentido estereotipado de masculinidade diante da marginalização daqueles que praticavam a capoeira. A marginalização seria uma das razões pela qual as mulheres continuam sendo alvo de atitudes preconceituosas e que questionam seu potencial e suas capacidades físicas.

Nestor capoeira (1999) interpreta depoimentos de mulheres capoeiristas do Grupo Senzala em reunião. As mulheres capoeiristas presentes nesta reunião levantaram o problema da falta de documentação sobre a história da mulher na capoeira, a qual, certamente, contribuiria com pesquisas e estudo a respeito. Porém sabe-se que durante a época do brasil Colonial, consta em sua história, mesmo que de forma pouco precisa, alguns registros de mulheres jogando capoeira. A República do Quilombo dos Palmares contava com mulheres guerreiras para sua resistência, e, a repercussão dessas mulheres se nivelou a dos homens escravos.
"(...) mulheres tão marginalizadas quanto os homens capoeiristas, assim como toda a cultura e o povo negro daquela época".(capoeira, 1999, p. 182).
Há fatores que implicam, desde o início, na participação de mulheres na capoeira. A desunião e competitividade entre mulheres são mais acentuadas, pois, provavelmente, lhe faltem maturidade e sensatez ao entender a significância da capoeira e o que ela representa como esporte e manifestação cultural.

"(...) uma mulher capoeirista deveria ser a primeira a incentivar outra capoeirista e isto nem sempre ocorria". (capoeira, 1999, p. 183).

Essa agressividade entre as mulheres que praticam capoeira provém da herança de gerações que apresentam esse tipo de relação, porém essa realidade vem mudando através da dedicação das mulheres. De acordo com capoeira (1999, p. 186) "Várias idéias, antigas e estereotipadas, caíram por terra. A primeira é que capoeira é coisa ‘só de homem’. Outro mito que naufragou é que a capoeira masculiniza a mulher (...)".
São vários os motivos que levam mulheres a praticar a capoeira, desde a estética, saúde e bem-estar proporcionados até o rumo profissionalizante e educativo. É interessante observar o quanto a participação feminina na capoeira em escolas, clubes, academias e outros locais, tem se tornado mais evidente na quantidade, da qual destacam-se mulheres qualificadas tecnicamente e profissionalmente.

A princípio, compreende-se que o objetivo da persistência de algumas mulheres dentro da capoeira é se formarem profissionais e mestras, porém, devido ao fato de se próprio subestimarem, elas desacreditam que outras mulheres e, principalmente homens, treinariam sob sua liderança. Essa carência de apoio podem partir de seus mestres, do local de trabalho, dos relacionamentos profissionais e/ou até, das estratégias bloqueadoras da sociedade.

Recentemente, tem se promovido e divulgado muitos eventos e encontros femininos de capoeira, o que apresenta, aparentemente uma posição de destaque no meio capoeirístico, mas que na verdade é um indício de preconceito e exclusão da mulher, de forma que ela se sobressai isoladamente. Além disso, nos eventos exclusivamente femininos nota-se uma agressividade maior entre as mulheres. Para melhor entender, basta trocarmos os papéis: dificilmente, para não dizer nunca, foi divulgado um evento exclusivamente masculino, com o propósito de somente homens participarem.

No final do ano de 2002, fiz uma entrevista com uma profissional de capoeira, praticante há 15 anos aproximadamente, quando constatei diferenças entre os gêneros referente a postura e comportamento adotados pelo homem e pela mulher, num sentido generalizado. Foi colocado em questão a seriedade da mulher com a prática da capoeira em relação ao homem e através disso, foi possível afirmar que geralmente os homens se apresentam mais receptivos, interessados e, até, persistentes diante o aprendizado que a capoeira tem a oferecer.

Além disso, ao referir-se a promoção de eventos exclusivamente femininos a nossa entrevistada citou desvantagens que os encontros femininos as mulheres proporcionam, pois nestes momentos as mulheres demonstram muitas divergências dentro da roda de capoeira, pois tornam-se agressivas entre si ao sentirem a necessidade de provar o seu potencial, e aceitam com dificuldades levar algumas desvantagens durante um jogo dentro.

Outro fato tão importante quanto os demais em relação ao desempenho da mulher na capoeira é a interrupção dos treinamentos, pois podem diminuir a performance da mulher para a atividade de capoeira. A gravidez pode ser um fator forte neste aspecto, pois pode haver implicações na performance e se a mulher não tiver determinação e gosto pela capoeira ela não irá se profissionalizar nesta área e, nem mesmo, dará continuidade aos seus treinamentos.

Mesmo sendo relativamente menor o número de profissionais do sexo feminino na atividade de capoeira a mulher tem ocupado seu espaço e dado a sua parcela de contribuição para a sociedade e, em especial, para o aprendizado da capoeira.
Abaixo está representada a proporção de homens e mulheres profissionais em capoeira no estado do Paraná, de acordo com a Federação Paranaense de capoeira.

Na representação ao lado é evidente a diferença dos índices entre homens e mulheres profissionais da capoeira e vale ressaltar que, neste Estado, dentre as mulheres não mestras, mas mestres entre os homens. O que vale é a proporção já mostrada, mas é evidente que deve ser levado em consideração que a minoria dos profissionais em capoeira são federados. Talvez isso ocorra porque esta questão envolve divergências quanto às propostas da Federação; rivalidades entre mestres e grupos, questões financeiras e a organização de grupos distintos de capoeira, onde cada um segue uma filosofia diferenciada embasada em suas tradições.

Para Couto (1999), infelizmente a liberdade de ascensão do sexo feminino é inibida por questões preconceituosas, apesar das mulheres serem capazes de apresentarem um alto nível de desenvolvimento dentro da capoeira sem se igualarem ao sexo masculino.
Carolina Valentim "Pezinho"


Leia Mais: A Mulher e a Capoeira | Capoeira Mulheres - Capoeira no portalcapoeira.com






Capoeira Mulheres Desde a Antigüidade, na Grécia, eram poupadas as mulheres qualquer ligação com áreas relacionadas ao conhecimento e pensamento, já que os papéis materno e caseiro lhe eram designados. Analisando o contexto histórico da capoeira, é possível apontar a importância do sexo feminino no conteúdo cultural e na estruturação da capoeiragem. A partir daí a participação das mulheres foi tornando-se mais evidente e intensa, porém acoplada a um sentido estereotipado de masculinidade diante da marginalização daqueles que praticavam a capoeira. A marginalização seria uma das razões pela qual as mulheres continuam sendo alvo de atitudes preconceituosas e que questionam seu potencial e suas capacidades físicas.

Nestor capoeira (1999) interpreta depoimentos de mulheres capoeiristas do Grupo Senzala em reunião. As mulheres capoeiristas presentes nesta reunião levantaram o problema da falta de documentação sobre a história da mulher na capoeira, a qual, certamente, contribuiria com pesquisas e estudo a respeito. Porém sabe-se que durante a época do brasil Colonial, consta em sua história, mesmo que de forma pouco precisa, alguns registros de mulheres jogando capoeira. A República do Quilombo dos Palmares contava com mulheres guerreiras para sua resistência, e, a repercussão dessas mulheres se nivelou a dos homens escravos.
"(...) mulheres tão marginalizadas quanto os homens capoeiristas, assim como toda a cultura e o povo negro daquela época".(capoeira, 1999, p. 182).
Há fatores que implicam, desde o início, na participação de mulheres na capoeira. A desunião e competitividade entre mulheres são mais acentuadas, pois, provavelmente, lhe faltem maturidade e sensatez ao entender a significância da capoeira e o que ela representa como esporte e manifestação cultural.

"(...) uma mulher capoeirista deveria ser a primeira a incentivar outra capoeirista e isto nem sempre ocorria". (capoeira, 1999, p. 183).

Essa agressividade entre as mulheres que praticam capoeira provém da herança de gerações que apresentam esse tipo de relação, porém essa realidade vem mudando através da dedicação das mulheres. De acordo com capoeira (1999, p. 186) "Várias idéias, antigas e estereotipadas, caíram por terra. A primeira é que capoeira é coisa ‘só de homem’. Outro mito que naufragou é que a capoeira masculiniza a mulher (...)".
São vários os motivos que levam mulheres a praticar a capoeira, desde a estética, saúde e bem-estar proporcionados até o rumo profissionalizante e educativo. É interessante observar o quanto a participação feminina na capoeira em escolas, clubes, academias e outros locais, tem se tornado mais evidente na quantidade, da qual destacam-se mulheres qualificadas tecnicamente e profissionalmente.

A princípio, compreende-se que o objetivo da persistência de algumas mulheres dentro da capoeira é se formarem profissionais e mestras, porém, devido ao fato de se próprio subestimarem, elas desacreditam que outras mulheres e, principalmente homens, treinariam sob sua liderança. Essa carência de apoio podem partir de seus mestres, do local de trabalho, dos relacionamentos profissionais e/ou até, das estratégias bloqueadoras da sociedade.

Recentemente, tem se promovido e divulgado muitos eventos e encontros femininos de capoeira, o que apresenta, aparentemente uma posição de destaque no meio capoeirístico, mas que na verdade é um indício de preconceito e exclusão da mulher, de forma que ela se sobressai isoladamente. Além disso, nos eventos exclusivamente femininos nota-se uma agressividade maior entre as mulheres. Para melhor entender, basta trocarmos os papéis: dificilmente, para não dizer nunca, foi divulgado um evento exclusivamente masculino, com o propósito de somente homens participarem.

No final do ano de 2002, fiz uma entrevista com uma profissional de capoeira, praticante há 15 anos aproximadamente, quando constatei diferenças entre os gêneros referente a postura e comportamento adotados pelo homem e pela mulher, num sentido generalizado. Foi colocado em questão a seriedade da mulher com a prática da capoeira em relação ao homem e através disso, foi possível afirmar que geralmente os homens se apresentam mais receptivos, interessados e, até, persistentes diante o aprendizado que a capoeira tem a oferecer.

Além disso, ao referir-se a promoção de eventos exclusivamente femininos a nossa entrevistada citou desvantagens que os encontros femininos as mulheres proporcionam, pois nestes momentos as mulheres demonstram muitas divergências dentro da roda de capoeira, pois tornam-se agressivas entre si ao sentirem a necessidade de provar o seu potencial, e aceitam com dificuldades levar algumas desvantagens durante um jogo dentro.

Outro fato tão importante quanto os demais em relação ao desempenho da mulher na capoeira é a interrupção dos treinamentos, pois podem diminuir a performance da mulher para a atividade de capoeira. A gravidez pode ser um fator forte neste aspecto, pois pode haver implicações na performance e se a mulher não tiver determinação e gosto pela capoeira ela não irá se profissionalizar nesta área e, nem mesmo, dará continuidade aos seus treinamentos.

Mesmo sendo relativamente menor o número de profissionais do sexo feminino na atividade de capoeira a mulher tem ocupado seu espaço e dado a sua parcela de contribuição para a sociedade e, em especial, para o aprendizado da capoeira.
Abaixo está representada a proporção de homens e mulheres profissionais em capoeira no estado do Paraná, de acordo com a Federação Paranaense de capoeira.

Na representação ao lado é evidente a diferença dos índices entre homens e mulheres profissionais da capoeira e vale ressaltar que, neste Estado, dentre as mulheres não mestras, mas mestres entre os homens. O que vale é a proporção já mostrada, mas é evidente que deve ser levado em consideração que a minoria dos profissionais em capoeira são federados. Talvez isso ocorra porque esta questão envolve divergências quanto às propostas da Federação; rivalidades entre mestres e grupos, questões financeiras e a organização de grupos distintos de capoeira, onde cada um segue uma filosofia diferenciada embasada em suas tradições.

Para Couto (1999), infelizmente a liberdade de ascensão do sexo feminino é inibida por questões preconceituosas, apesar das mulheres serem capazes de apresentarem um alto nível de desenvolvimento dentro da capoeira sem se igualarem ao sexo masculino.
Carolina Valentim "Pezinho"


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Capoeira Mulheres Desde a Antigüidade, na Grécia, eram poupadas as mulheres qualquer ligação com áreas relacionadas ao conhecimento e pensamento, já que os papéis materno e caseiro lhe eram designados. Analisando o contexto histórico da capoeira, é possível apontar a importância do sexo feminino no conteúdo cultural e na estruturação da capoeiragem. A partir daí a participação das mulheres foi tornando-se mais evidente e intensa, porém acoplada a um sentido estereotipado de masculinidade diante da marginalização daqueles que praticavam a capoeira. A marginalização seria uma das razões pela qual as mulheres continuam sendo alvo de atitudes preconceituosas e que questionam seu potencial e suas capacidades físicas.

Nestor capoeira (1999) interpreta depoimentos de mulheres capoeiristas do Grupo Senzala em reunião. As mulheres capoeiristas presentes nesta reunião levantaram o problema da falta de documentação sobre a história da mulher na capoeira, a qual, certamente, contribuiria com pesquisas e estudo a respeito. Porém sabe-se que durante a época do brasil Colonial, consta em sua história, mesmo que de forma pouco precisa, alguns registros de mulheres jogando capoeira. A República do Quilombo dos Palmares contava com mulheres guerreiras para sua resistência, e, a repercussão dessas mulheres se nivelou a dos homens escravos.
"(...) mulheres tão marginalizadas quanto os homens capoeiristas, assim como toda a cultura e o povo negro daquela época".(capoeira, 1999, p. 182).
Há fatores que implicam, desde o início, na participação de mulheres na capoeira. A desunião e competitividade entre mulheres são mais acentuadas, pois, provavelmente, lhe faltem maturidade e sensatez ao entender a significância da capoeira e o que ela representa como esporte e manifestação cultural.

"(...) uma mulher capoeirista deveria ser a primeira a incentivar outra capoeirista e isto nem sempre ocorria". (capoeira, 1999, p. 183).

Essa agressividade entre as mulheres que praticam capoeira provém da herança de gerações que apresentam esse tipo de relação, porém essa realidade vem mudando através da dedicação das mulheres. De acordo com capoeira (1999, p. 186) "Várias idéias, antigas e estereotipadas, caíram por terra. A primeira é que capoeira é coisa ‘só de homem’. Outro mito que naufragou é que a capoeira masculiniza a mulher (...)".
São vários os motivos que levam mulheres a praticar a capoeira, desde a estética, saúde e bem-estar proporcionados até o rumo profissionalizante e educativo. É interessante observar o quanto a participação feminina na capoeira em escolas, clubes, academias e outros locais, tem se tornado mais evidente na quantidade, da qual destacam-se mulheres qualificadas tecnicamente e profissionalmente.

A princípio, compreende-se que o objetivo da persistência de algumas mulheres dentro da capoeira é se formarem profissionais e mestras, porém, devido ao fato de se próprio subestimarem, elas desacreditam que outras mulheres e, principalmente homens, treinariam sob sua liderança. Essa carência de apoio podem partir de seus mestres, do local de trabalho, dos relacionamentos profissionais e/ou até, das estratégias bloqueadoras da sociedade.

Recentemente, tem se promovido e divulgado muitos eventos e encontros femininos de capoeira, o que apresenta, aparentemente uma posição de destaque no meio capoeirístico, mas que na verdade é um indício de preconceito e exclusão da mulher, de forma que ela se sobressai isoladamente. Além disso, nos eventos exclusivamente femininos nota-se uma agressividade maior entre as mulheres. Para melhor entender, basta trocarmos os papéis: dificilmente, para não dizer nunca, foi divulgado um evento exclusivamente masculino, com o propósito de somente homens participarem.

No final do ano de 2002, fiz uma entrevista com uma profissional de capoeira, praticante há 15 anos aproximadamente, quando constatei diferenças entre os gêneros referente a postura e comportamento adotados pelo homem e pela mulher, num sentido generalizado. Foi colocado em questão a seriedade da mulher com a prática da capoeira em relação ao homem e através disso, foi possível afirmar que geralmente os homens se apresentam mais receptivos, interessados e, até, persistentes diante o aprendizado que a capoeira tem a oferecer.

Além disso, ao referir-se a promoção de eventos exclusivamente femininos a nossa entrevistada citou desvantagens que os encontros femininos as mulheres proporcionam, pois nestes momentos as mulheres demonstram muitas divergências dentro da roda de capoeira, pois tornam-se agressivas entre si ao sentirem a necessidade de provar o seu potencial, e aceitam com dificuldades levar algumas desvantagens durante um jogo dentro.

Outro fato tão importante quanto os demais em relação ao desempenho da mulher na capoeira é a interrupção dos treinamentos, pois podem diminuir a performance da mulher para a atividade de capoeira. A gravidez pode ser um fator forte neste aspecto, pois pode haver implicações na performance e se a mulher não tiver determinação e gosto pela capoeira ela não irá se profissionalizar nesta área e, nem mesmo, dará continuidade aos seus treinamentos.

Mesmo sendo relativamente menor o número de profissionais do sexo feminino na atividade de capoeira a mulher tem ocupado seu espaço e dado a sua parcela de contribuição para a sociedade e, em especial, para o aprendizado da capoeira.
Abaixo está representada a proporção de homens e mulheres profissionais em capoeira no estado do Paraná, de acordo com a Federação Paranaense de capoeira.

Na representação ao lado é evidente a diferença dos índices entre homens e mulheres profissionais da capoeira e vale ressaltar que, neste Estado, dentre as mulheres não mestras, mas mestres entre os homens. O que vale é a proporção já mostrada, mas é evidente que deve ser levado em consideração que a minoria dos profissionais em capoeira são federados. Talvez isso ocorra porque esta questão envolve divergências quanto às propostas da Federação; rivalidades entre mestres e grupos, questões financeiras e a organização de grupos distintos de capoeira, onde cada um segue uma filosofia diferenciada embasada em suas tradições.

Para Couto (1999), infelizmente a liberdade de ascensão do sexo feminino é inibida por questões preconceituosas, apesar das mulheres serem capazes de apresentarem um alto nível de desenvolvimento dentro da capoeira sem se igualarem ao sexo masculino.
Carolina Valentim "Pezinho"


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